Acordamos já pensando que seria o dia de ver o bebê por uma ultra-sonografia. A sensação é de ansiedade, de curiosidade. Será que tem um bebê ali mesmo? Será que é só um feto? Acho que ninguém está preparado para ter dois ou mais bebês de uma só vez. Inúmeras dúvidas vão surgindo. É impossível pensar que nada está acontecendo. Está acontecendo sim e o nome disso é VIDA!
Saímos de casa e nos dirigimos para a clínica que faz a ultra-sonografia. Depois de um certo tempo finalmente chegamos até o local no horário marcado. Local cheio, pessoas indo e vindo no que parecia uma mini-cidade dentro de um local fechado com seus inúmeros transeuntes. Queria que nos chamassem logo. Esperamos mais ou menos uma meia hora para sermos atendidos, só que essa meia hora parecia uma eternidade. Quanto à isso também, gostaria de relatar algo importante sobre o SUS. Estamos fazendo o pré-natal no postinho de saúde aqui perto de casa. Temos nossa médica da família, nossa dentista da família e nossa enfermeira da família. Não sobram adjetivos positivos para falar dessa equipe. Até hoje nos receberam super bem e cuidam de nós três. Nos sentimos muito bem tratados no postinho e digo aqui que elas fazem de tudo que está ao alcance delas para nos ajudar. Fomos melhor tratados pelo SUS do que na recepção dessa clinica que fomos hoje. Por que fomos à essa clínica então? Bom, o SUS só nos oferece uma ultra-sonografia, e isso lá pelas 23 semanas de gestação. Como estávamos curiosos e ansiosos, decidimos fazer esse exame agora pela rede particular. Então galera, quem sabe não tentamos mudar o discurso de que o sistema de saúde pública no Brasil é caótico e que todo mudo morre se for atendido por ele. É isso que esse capitalismo selvagem quer que acreditemos. O que eu quero dizer é que no SUS tem coisa que funciona e tem coisa que não, assim como a rede particular que tem coisa que funciona e coisa que não. O que não pode é ter convicção de algo sem estar disposto a testá-la antes. Também deixo claro que essa é a minha perspectiva e sintam-se à vontade para discordarem de mim. Essa clínica não nos tratou tão bem assim na recepção. No entanto a profissional que fez o ultra-som foi super querida e competente. Com ela sim tivemos um atendimento humano. Então depende do contexto.
Bom, ainda falando do lugar, fomos atendidos pouco tempo depois. Subimos dois lances de escada e aí estávamos na salinha do exame. a Bárbara deitou-se na cama, já mostrando a barriga que já dá sinais de estar crescendo. A médica oferece uma cadeira para o pai, no caso eu. hehe Daí eu começo a olhar para uma tv no que parecia ser o melhor cinema que já fui na vida. A cadeira mais confortável, o trailer mais longo (a tela preta que aparece antes de ver o bebê). Daí vem a pipoca mais gostosa do mundo. Aquela pipoca que tu sente o gosto na boca que vai tomando conta de ti. Eis que o trailer acaba e aparece ali na telinha o (a) protagonista do longa metragem das nossas vidas.
Muitos vão dizer que não conseguem ver um bebê aí, mas dá sim. É aquele feijãozinho ali bem no centro no meio daquela coisa preta que por acaso se chama líquido amniótico. O feijãozinho já deu sinais de muita serelepices pois se movia super rápido e dava altas cambalhotas, uma faceirice só. hehe. Logo depois veio o ápice do filme daquele cinema: os batimentos cardíacos. Depois de um minuto de silêncio, começamos a ouvir um tum-tum super forte e rápido! Sério gente, o poder da vida é impressionante! Daí fomos informados que o coraçãozinho batia à uma freqüência de 160 batimentos por minuto. (Os batimentos se um humano adulto em estado de repouso é de aproximadamente 72 por minuto). 160 é um número que assusta né? Será que são 80 batimentos pra mãe e 80 pro pai? Ou será que tem um beija-flor ali dentro? hehe É muito legal ouvir o coraçãozinho batendo a mil. Dessa vez não deu para ver o sexo, mas está tudo certo com o bebê e uma informação super importante: é um bebê só, como mencionei no início da postagem. Saímos da sala felizes e aliviados por saber que está tudo bem, tudo em perfeitas condições até o momento. Agora é esperar o feijãozinho crescer, formar um rostinho, mostrar-se pra nós e depois vir ao mundo. Como escrevi na outra postagem, tornar-se pai ou mãe é um processo, pouco a pouco a ficha vai caindo. São as pequenas alegrias de cada dia que vão nos tornando pai e mãe. É a vida que pulsa no bebê e dentro de nós mesmos. Vou ficando por aqui, até a próxima postagem!
Feijãozinho é boa, penso naquele q fiz qdo criança no algodão sabe? Acompanhava todo dia pra ver a germinação. Parabéns casal, contém comigo!
ResponderExcluirNão dá pra ver quem comentou, heh e
ExcluirFeijãozinho é boa, penso naquele q fiz qdo criança no algodão sabe? Acompanhava todo dia pra ver a germinação. Parabéns casal, contém comigo!
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